sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Desemprego na Espanha supera 20% no fim de 2010

A taxa de desemprego na Espanha alcançou 20,33% da população economicamente ativa (PEA) no final de 2010, nível mais alto em 13 anos, o que significa que 4,69 milhões de pessoas estão sem trabalho no país, informou nesta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).



O desemprego voltou a subir no último trimestre do ano em relação ao mesmo período de 2009, quando a taxa registrada foi 19,79% - um aumento de "meio ponto", segundo o INE. Até esse trimestre, o desemprego vinha subindo paulatinamente desde meados de 2007.



Com aproximadamente 2 milhões de desempregados em 2007, o número mais que dobrou depois da crise econômica.
Em três anos, a Espanha passou de uma taxa de menos de 8% da PEA para a marca dos 20%. No primeiro trimestre de 2009, já havia 4 milhões de espanhóis desempregados, de acordo com o INE.



A taxa registrada no fim do ano supera as previsões do governo, que calculava o desemprego no período em 19,4%. Para 2011, as autoridades estimam que a desocupação caia para 19,3% em 2011, 17,5% em 2012 e 16,2% em 2013.

Contas do governo brasileiro fecham 2010 com saldo positivo de R$ 78,9 bi

As contas do chamado governo central - composto por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - fecharam 2010 no azul, com saldo de R$ 78,9 bilhões, o equivalente a 2,16% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, segundo informou nesta sexta-feira o Tesouro Nacional.


Em 2009, esse resultado foi de R$ 39,4 bilhões. Somente em dezembro do ano passado, o resultado primário foi superavitário em R$ 14,4 bilhões. No último mês de 2010, a Previdência Social - que costuma apresentar déficit nas contas - registrou um superávit de R$ 3,5 bilhões. O aumento se deve, principalmente, às arrecadações das contribuições previdenciárias descontadas do 13º salário

Profissionais estrangeiros fazem fila para trabalhar no Brasil, diz jornal




Engenheiros e arquitetos americanos, espanhóis, italianos, portugueses, ingleses, chilenos e argentinos têm criado uma fila na busca de alternativas de trabalho no Brasil devido à falta de mão de obra qualificada no País e o excesso de profissionais sem emprego nos países ricos em razão da crise. De acordo com reportagem publicada pela Folha de S.Paulo neste domingo, governos e entidades de classe do exterior têm contatado empresários e associações de engenheiros e arquitetos nacionais para oferecer trabalhadores. Em alguns casos, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior(MDIC) faz a intermediação de alguns dos encontros


Ainda segundo a reportagem, para o Brasil, encurtar o processo de validar diplomas estrangeiros e oferecer autorização para o trabalho depende de contrapartidas - representantes dos trabalhadores querem aproveitar o interesse e abrir oportunidades para brasileiros nesses países ricos, fazendo acordos bilaterais. Esse processo de aprovação pode chegar a oitos meses, e o custo, passar de R$ 15 mil. O número de pedidos de registro de estrangeiros triplicou em 2010, disse o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea).

Vaticano pediu a bispos irlandeses que não denunciassem abusos

Uma carta do Vaticano de 1997 recém-revelada pedia para bispos irlandeses não reportarem à polícia todos os casos de suposto abuso infantil. A divulgação da carta pode levar à abertura de mais processos contra a Igreja Católica em todo o mundo, que nega qualquer envolvimento com acobertamento dos casos.


A carta, obtida pela emissora irlandesa RTE e fornecida para a Associated Press, documenta a rejeição do Vaticano de uma iniciativa da Igreja irlandesa de começar a ajudar a polícia a identificar padres pedófilos.
A mensagem da carta debilita as persistentes afirmações do Vaticano de que a Igreja nunca instruiu bispos a reter evidência ou suspeita de crimes da polícia. Ela enfatiza o direito da Igreja de lidar com todas as alegações de abuso infantil e determinar punições, ao invés de delegar esse poder às autoridades civis.
Para ativistas, a carta de 1997 demonstra de uma vez por todas que a proteção de padres pedófilos da investigação criminal não é apenas sancionada pelos líderes no Vaticano, mas ordenada por eles.
Um argumento fundamental utilizado pelo Vaticano em defesa de dezenas de processos judiciais sobre abuso sexual clerical nos EUA é que eles não tiveram nenhum papel na ordenação de autoridades da Igreja local de eliminação de provas dos crimes.
Em sua carta pastoral de 2010 ao povo irlandês, o Papa Bento 16 não condenou bispos irlandeses por não terem respeitado a lei canônica e não ofereceu nenhuma menção explícita dos esforços de proteção às crianças da Irlanda pela Igreja da Irlanda ou do Estado.
Colm O''Gorman, diretor da divisão irlandesa da Anistia Internacional, abusado várias vezes por um padre irlandês quando era coroinha e esteve entre as primeiras vítimas a falar sobre o assunto, em meados da década de 1990, disse que há evidências de que alguns bispos irlandeses continuaram a seguir as instruções do Vaticano de 1997 e reteram relatos de crimes contra crianças até 2008.
Segunda a carta, a Congregação para o Clero estabeleceria as políticas mundiais para a proteção da infância "no momento adequado".
O Vaticano não aceitou formalmente nenhum dos três principais documentos da Igreja irlandesa sobre proteção de menores desde 1996.
Os três enfatizam a denúncia obrigatória de supostas violações.
 
Fonte: Associated Press

Presidenta Dilma Rousseff Toma Posse

A cerimônia de posse da presidente Dilma Rousseff, neste sábado (1º), em Brasília, reuniu 30 mil pessoas, além de autoridades estrangeiras de todo o mundo vieram ao Brasil para cumprimentar pessoalmente a presidente Dilma Rousseff no dia de sua posse. Nomes como Hugo Chávez, Hillary Clinton, Sebastian Piñera, Fernando Lugo e José Mujica foram parabenizar Dilma no Palácio do Planalto, em Brasília. Nos dois discursos que proferiu - no Congresso Nacional e no Parlatório do Palácio do Planalto - a nova presidente reafirmou o compromisso de combater a miséria e erradicar a pobreza. Falou também em mudanças no sistema de impostos.
Segundo ela, a luta "mais obstinada" do novo governo será "a erradicação da pobreza extrema e a criação de oportunidades para todos".
No primeiro discurso, que durou 40 minutos, Dilma reafirmou a defesa da liberdade de culto e de imprensa, disse que a corrupção "será combatida permanentemente" e que estende a mão aos partidos de oposição.
"A partir deste momento, sou a presidente de todos os brasileiros", declarou. Dilma prometeu ainda melhorias nas áreas de saúde, educação e segurança.
Dilma lembrou os tempos da juventude, quando combateu a ditadura militar e foi presa e torturada.
"Queria dizer a vocês que eu dediquei toda a minha vida à causa do Brasil. Entreguei, como muitos aqui presentes, minha juventude ao sonho de um país justo e democrático. Suportei as adversidades mais

extremas infligidas a todos que ousamos enfrentar o arbítrio. Não tenho qualquer arrependimento, tampouco não tenho ressentimento ou rancor. Muitos da minha geração, que tombaram pelo caminho, não podem compartilhar a alegria deste momento. Divido com eles esta conquista, e rendo-lhes minha homenagem", disse.
No discurso no Parlatório, Dilma agradeceu a "oportunidade que a história me deu de ser a primeira mulher a governar o Brasil".
Ela também prestou homenagem ao ex-presidente Lula. "Conviver todos estes anos com o presidente Lula me deu a dimensão do governante justo e do líder apaixonado por seu país e por sua gente. A alegria que sinto pela minha posse como presidenta se mistura com a emoção da sua despedida".
Repercussão internacional
Jornais internacionais destacaram a posse de Dilma neste sábado. A maioria noticiou principalmente a promessa que a presidente fez de acabar com a miséria no Brasil. Como no site do jornal espanhol El Pais: "Dilma Rousseff promete na posse acabar com a miséria no Brasil".
Já a rede britânica BBC ressalta o peso da responsabilidade que Dilma terá por suceder um presidente tão popular quanto Lula, que tem 80% de aprovação. A afirmação é parecida com a do jornal Washington Post, que relembra ainda que a forma dura de gestão lhe valeu o apelido de "Dama de Ferro".
O jornal francês "Le Monde" destaca a eleição "brilhante" de Dilma e lista os desafios a serem enfrentados pela primeira presidente do Brasil, como a educação.
O jornal americano "The New York Times" aponta para a responsabilidade em suceder Lula, que o chamaram de "o mais popular líder da nação na história". De acordo com o jornal, Dilma também assume no momento em que o país está "economicamente próspero".

O Tigre Virou Porquinho

Alguns jornais europeus criaram um neologismo para referir-se à Irlanda: “Direland”, uma junção das palavras dire (muito sério ou muito ruim) e Ireland (Irlanda). Sim, os últimos dois anos não têm sido fáceis para esse pequeno país de 4,5 milhões de habitantes, que viveu seu auge econômico de 1995 a 2007, quando ficou conhecido no mundo como “Tigre Celta”, numa alusão aos países asiáticos cujas economias bombaram nos anos 1990. Hoje, porém, junto com Portugal, Grécia e Espanha, a Irlanda integra o “Pigs” (porcos, em inglês), grupo de países da União Europeia (UE) cujas economias estão em grave crise e põem em xeque o futuro do bloco e do euro.
A crise de 2008 e o colapso dos setores imobiliário e bancário irlandeses, somados aos casos de pedofilia cometidos por padres e bispos católicos por anos a fio, mas só recentemente divulgados, puseram na berlinda valores morais e capitais que pautaram o país durante seu auge. Pela primeira vez, o governo irlandês precisou pedir ajuda ao Fundo Monetário Internacional e à UE, que colocaram à disposição € 85 bilhões para ajudar a cobrir o rombo. A ajuda terá preço: juro de 5,8% ao ano e uma cartilha de corte de custos e reformas no setor bancário.
Bravo por natureza, o povo irlandês, orgulhoso de sua nação construída debaixo de muito sangue e violência durante os séculos de colonização inglesa, está descontente e desconfiado. Sabe que terá de pagar a conta. O frio e a neve pesada, incomuns para um mês de novembro, não impediram que mais de 50 mil irlandeses fossem às ruas protestar, no dia 27 de novembro passado, contra o pacote.
Uma multidão voltou às ruas em 7 de dezembro, bradando palavras de ordem, enquanto o Parlamento aprovava o orçamento de 2011, com corte de gastos de € 6 bilhões. O pacote afeta programas sociais, salários de novos servidores públicos, pensões e amplia as faixas salariais com descontos de imposto de renda na fonte, que vão de 20% a 40%.
Nem o alto escalão do Estado escapou. O primeiro-ministro, Brian Cowen, terá redução de € 14 mil (5%) em seus rendimentos anuais. O futebol também pagará seu preço. A federação irlandesa de futebol propôs e o técnico da equipe, o italiano Giovanni Trapattoni, aceitou reduzir em 5% seu salário que, especula-se, está na casa de R$ 1,8 milhão ao ano.

 

 

 

Capitalismo em xeque

De economia relativamente pobre nos anos 1980, a República da Irlanda viu seu mundo ficar mais colorido quando aderiu à UE. O ingresso no bloco permitiu que o país recebesse investimentos e, com isso, pudesse desenvolver suas bases, devidamente paramentadas no conceito neoliberal, “sem se preocupar com um desenvolvimento sustentável da economia”, avalia Ben Nutty, 39 anos, mestre em História e Estudos Europeus e doutor em Educação.

Ex-membro do Green Party, partido que integra a coalizão do governo irlandês – e, apesar do nome, não tem nada de ecológico –, Nutty diz que um dos grandes erros do governo foi “relaxar nas regras de concessão de crédito pelos bancos”.
Com impostos e taxas para concorrência nenhuma botar defeito, a Irlanda tornou-se atraente e muitas empresas vieram para cá, ampliando o mercado de trabalho. Com emprego, crédito fácil e o guarda-chuva dos inúmeros programas sociais, o Estado virou um paizão, os irlandeses fizeram a festa e se endividaram até não poder mais. “Nos anos 90, os bancos emprestaram dez vezes o capital disponível, enquanto deveriam ter emprestado 2,5”, conta Nutty.
Um dos motores da economia, o setor da construção, provocou o efeito dominó que se viu dois anos atrás. O governo incentivou e os bancos emprestaram muito, aos construtores e aos compradores. O mercado aquecido levou o preço dos imóveis a níveis estratosféricos. Com a crise de 2008, muita gente perdeu o emprego, a bolha do setor estourou e bateu no mercado financeiro, coração da economia capitalista. O setor bancário irlandês, totalmente nas mãos de acionistas privados, precisou recorrer ao governo, que, em troca de ações, injetou recursos e virou quase 100% dono de alguns bancos.
Ao olhar para as máquinas paradas da Gleeson Concrete, uma fornecedora de suprimentos para o setor da construção civil localizada em Donohill, no condado de Tipperary, interior do país, Micheal Gleeson­, de 37 anos, diretor da empresa, lembra quando se viu pela primeira vez completamente perdido, sem saber que passo dar. “Foi um período muito difícil, com a redução no volume de negócios, a queda de preços e a dificuldade para receber de nossos compradores.”
De lá para cá, teve de cortar em 25% o número de empregados e reduzir o volume de horas trabalhadas. Também não adquiriu novos equipamentos e não planeja realizar novos investimentos neste ano. Na opinião de Gleeson, um dos grandes erros do governo foi superestimar o número de unidades residenciais necessárias no período de 2002 a 2007, num país com pouca terra e pouca gente. “O governo falhou muito ao deixar o setor imobiliário sem controle, permitindo que se operassem preços altíssimos. Esse é um legado que o povo irlandês terá de pagar por gerações”, critica o relações públicas Darragh Rea, de 30 anos. “Agora, a Irlanda possui centenas de casas e condomínios fantasmas, que ninguém comprou, ou comprou e não pode terminar de pagar”, completa.
No fim de 2008, Darragh comprou um sobrado de meio milhão de euros, financiado por 30 anos, com juros de cerca de 12% ao ano. “Embora meus rendimentos tenham sido reduzidos, eu e minha namorada conseguimos manter o emprego.”

Desemprego

A leis irlandesas permitem redução de salários. Foi o que ocorreu com Darragh e muita gente. O índice de desemprego triplicou em três anos. Chegou a 13,6% em outubro passado. No mesmo período de 2008, quando a crise comecou, era de 7,6%. Um ano antes, em 2007, estava em 4,7%. Muitos negócios faliram, empresas trocaram o país por outro, lojas estão fechando aos domingos porque não têm dinheiro para pagar os funcionários, situação muito visível quando se caminha pelas ruas da capital. A dificuldade para arranjar um emprego está forçando os cidadãos, especialmente os mais jovens, a aceitar trabalhos antes destinados a imigrantes, como em lojas ou supermercados.

Um dos setores mais sensíveis é o bancário, que conta basicamente com seis instituições: Allied Irish Bank (AIB), Bank of Ireland, Ulster Bank (Irlanda do Norte), Permanent TSB, National Irish Bank e Anglo Irish Bank. Os maiores são AIB e Bank of Ireland. O governo deve adquirir o controle de quase a totalidade de seus papéis. As instituições vão encolher. “Os empregados estão angustiados, sabem que podem perder o emprego”, diz Oliver Gleeson, 32 anos, que trabalha no setor de investimentos do AIB. “Ser bancário na Irlanda é desconfortável hoje em dia. É difícil ficar orgulhoso quando você vê a situação como está.”
Oliver não teve redução de salário, mas enfatiza que ganhar bônus ou participação nos lucros está fora de questão. “Antigamente, ganhávamos nossa participação nos lucros em ações. Lembro que, uma vez, precisei vendê-las e ganhei um bom dinheiro. Valiam € 23. Hoje valem € 0,40.”
Aine Nolan, 28 anos, gerente financeira de uma empresa,  diz que ainda não teve nenhum corte de salário, mas conta que seus rendimentos estão congelados há dois anos, assim como as possibilidades de ascensão. “Mudar de área ou ser promovida é coisa do passado”, salienta. Para ela, o grande erro do governo na crise foi ser fiador incondicional de todos os débitos dos bancos. “Essa garantia é claramente desastrosa”, avalia. Agora, ela vê que o povo vai pagar a conta.

Imigrante

Na época das vacas gordas, a Irlanda virou eldorado de muita gente. Poloneses, chineses e muitos brasileiros vieram para cá em busca de euros. O ingresso era facilitado pelo governo. Criou-se um boom de escolas de inglês, já que uma das exigências para o ingresso e a permissão de trabalho era estar matriculado em uma. Cláudia Oliveira da Silva, de 37 anos, formada em Comércio Exterior e moradora da zona sul da São Paulo, chegou à capital, Dublin, em 2006, com emprego de babá garantido. Ficou só seis meses, mas nunca sem trabalho. A exemplo dos irlandeses, ela provou o lado bom de ter crédito fácil. “Fiz um empréstimo no Banco da Irlanda assim que cheguei, uma linha destinada  a estudantes, pagando juros de 0,25% ao mês. A moleza, agora, acabou.”
Há dois anos, Cláudia trabalha numa loja de produtos brasileiros e afirma que a crise não chegou a atingi-la diretamente, mas há uma diferença no clima da cidade. “Sinto que há mais gente pedindo dinheiro na rua, mais gente deixando o carro em casa para pegar ônibus. Também vejo mais irlandeses fazendo compras em supermercados populares, onde antes só os imigrantes compravam”, observa. “Vejo mais desemprego entre brasileiros, gente indo embora, comprando menos produtos aqui.” Apesar disso, não pensa em voltar, porque se sente mais segura em Dublin e por achar que aqui administram-se as contas mais facilmente que no Brasil.
O jornalista Márcio Roberto do Prado, de 39 anos, que veio de Jundiaí (SP) e viveu na Irlanda mais de quatro anos, estava voltando para o Brasil em dezembro. Não por causa da crise, mas porque está cansado. Não descarta, porém, voltar. Em Dublin, ele sempre trabalhou muito, muito pesado, e acha que nunca lhe faltou serviço porque “nunca disse não” à chefia. Virou faxineiro, trabalho honestamente recompensado. Chegou a passar noites trabalhando e diz que nunca faltou dinheiro, enquanto no Brasil “sempre andava duro”. Veio para juntar, e juntou. Mas não aconselha ninguém a cair na lábia das agências de intercâmbio e vir para cá pensando em ganhar dinheiro.
A abertura do país para imigrantes trouxe novos elementos para a sociedade irlandesa que, antes, vivia num mundo à parte: o racismo e a xenofobia. Não são incomuns ataques a chineses, coreanos, brasileiros e negros nas ruas da capital.
Uma das vítimas foi o designer Diego Danilo Santana de Souza, de 27 anos. Vindo de Cotia (SP), e há quatro meses na cidade, Danilo foi atacado por um bando de desocupados à procura de encrenca num sábado à noite. Foi surrado duas vezes, próximo de uma das ruas comerciais mais caras do mundo. Estava em seu primeiro dia de trabalho numa pedicab, bicicleta-táxi que aluga por € 80 semanais para conduzir especialmente turistas. “Um casal me socorreu e chamou a polícia, que me levou para casa e prometeu investigar.”
Ao chegar em casa, Danilo teve uma crise de pânico. “Ele teve um apagão e começou a chorar. Não se lembrava de nada, nem de meu nome”, conta Talita Salgado, 24 anos, namorada do rapaz. Foi levado ao hospital e, como não havia médico de plantão na madrugada, as enfermeiras o mandaram para casa. Assustados, ambos não veem a hora de voltar ao Brasil, mas pretendem terminar o curso de inglês.

Futuro

Darragh Rea considera o pacote “um remédio amargo” a ser tomado, mas também atribui aos irlandeses a atual situação. A opinião é compartilhada por Micheal: “A população tomou emprestado mais do que podia pagar”. Ele critica o comportamento do irlandês, que agiu como um “carneirinho” quando seguiu as recomendações do governo de que teriam de “adquirir logo a casa própria antes de os preços subirem ainda mais”.
Ninguém acredita que o pacote vá funcionar, tampouco aponta outra solução. “O governo não tem condições de pagar esse dinheiro de volta. É necessário que se repense a economia do país, criando bases sólidas para um desenvolvimento sustentável, sem consumo desenfreado e respeitando o planeta”, observa Ben Nutty, um dos membros de um novo partido, o Fis Nua (New Vision), cuja bandeira é ambientalista.
Atualmente, o governo tem a maioria no Parlamento, mas especialistas acreditam que o cenário deve mudar.

Para o bancário Oliver, pode ser a chance de o irlandês recuperar sua autoestima como nação. “Somos um país pequeno e fraco economicamente, pelo qual ninguém se interessa. Precisamos, dentro das dimensões do que somos, que o mundo esteja saudável para que sejamos saudáveis também.”

Fonte: RedeBrasilAtual, texto por Adriana Cardoso

Curiosidades a respeito da Irlanda

Mas você sabia que…
  • Não tem cobras na Irlanda. É verdade, você jamais vai encontrar esse réptil por aqui. Diz a lenda que São Patrick, padroeiro do país, expulsou todas as cobras da ilha e elas nunca mais voltaram. Mas há alguns céticos que atribuem a ausência do animal ao clima gelado;
  • Assim como na Inglaterra, os motoristas dirigem do lado direito do veículo e do lado esquerdo da rua. Como quase o mundo inteiro usa outro sistema de direção, o governo tenta evitar acidentes com turistas, escrevendo no chão das vias para onde o pedestre deve olhar antes de atravessar;
  • A Irlanda tem duas línguas oficiais: o inglês e o gaélico (também chamado de “irish”). Poucas pessoas falam gaélico corretamente, mas todos são obrigados a estudar a língua na escola. Os turistas geralmente não ouvem esse idioma, mas se deparam com as palavras difíceis em algumas sinalizações de rua e em placas nos transportes públicos;
  • A lei proíbe que o comércio distribua sacolinhas de plástico. Quem não tiver bolsas ou mochilas para carregar as compras, precisa pagar pela sacola. A mais barata custa em torno de €0,20, mas dependendo do tamanho e da qualidade pode chegar a mais de €1,00. Como a maioria dos supermercados não tem estacionamento e os clientes quase sempre fazem compras a pé, é muito comum ver pessoas carregando galões de leite, pizzas e papel higiênico na mão no meio da rua;
  • As máquinas substituíram as pessoas em alguns supermercados. É comum encontrar caixas self-service, onde o cliente sozinho passa as compras, coloca o dinheiro, pega a nota fiscal e o troco;
  • Irlandeses famosos: Pierce Brosnan, Colin Farrell, Enya, Damien Rice, U2, The Cranberries, The Corrs, Westlife, Samuel Beckett, James Joyce, Oscar Wilde;
  • O pessoal do transporte público se preocupa com os baladeiros. Após a meia-noite, quando a maioria das linhas de ônibus regulares pára de funcionar, entra em ação o Night Link – ônibus que circulam de madrugada, em horários pré-determinados, e que custam €5,00. Mas quando se está em uma turma grande de vizinhos, pode compensar mais pegar um táxi. O problema é conseguir um, já que muita gente acaba tendo a mesma idéia no fim das festas;
  • É proibido fumar no interior das baladas e, por isso, muitos estabelecimentos têm uma área ao ar livre dedicada aos fumantes. Ruim para quem fuma, porque às vezes passa um friozinho no local descoberto, mas ótimo para todos, porque o ambiente fica mais limpo e ninguém volta para casa com cheiro de fumaça;
  • Não existe conta de água para residências. É isso aí! Você vai tomar banho e não vai pagar pela água. Mas não é por isso que deve desperdiçar esse bem precioso. Na Irlanda, somente as empresas pagam pelo fornecimento do recurso;
  • Os banheiros não têm interruptores e quase nenhum tem tomada. Isso porque a voltagem é 220 e esses cômodos aqui costumam ser mais úmidos do que o normal. A combinação da umidade com a voltagem alta é considerada perigosa e o resultado é que a pessoa precisa acender a luz pelo lado de fora do banheiro;
  • Você pode tirar dinheiro de qualquer caixa eletrônico, mesmo se não for o do seu banco – sem pagar taxa por isso;
  • Aqui não se compra remédio sem receita médica. Em algumas farmácias há médico de plantão para casos de emergência, mas o preço da consulta fica em torno de €50,00;
  • Os irlandeses costumam comer no café-da-manhã um feijão que vem enlatado com molho de tomate e tem gosto levemente adocicado. Mas quem não abre mão da especialidade brasileira, pode ficar tranqüilo: não é difícil achar lojas que vendam feijão preto ou do tipo carioquinha;
  • A arquitetura de grande parte das casas segue o estilo georgiano. São todas iguais e o que diferencia uma residência da outra são as cores da portas. Muitos cartões-postais de Dublin mostram essas portas coloridas;
  • Os carrinhos de bebês dominam as calçadas, principalmente em Dublin. Às vezes você encontra crianças de até 4 ou 5 anos dando passeio nos carrinhos, que as mães e babás empurram calmamente ocupando todo o espaço dos pedestres;
  • Dublin é dividida pelo rio Liffey. Ao norte do rio, os códigos postais são ímpares (exemplo, Dublin 1, Dublin 3…) e ao sul, são os números pares. Há uma certa rivalidade entre os moradores das duas partes. Mas é certo que na região sul ficam os bairros mais chiques;
  • Dos imigrantes que estão em Dublin, destacam-se os poloneses. Eles são a maioria. É muito comum encontrar mercadinhos e lojinhas polonesas por toda a cidade. Orientais, africanos e pessoas de outros países do leste europeu também marcam presença na capital irlandesa. Além, claro, dos inconfundíveis brasileiros.

Orçamento da Irlanda 2011 (Budget 2011)

O ministro das Finanças Brian Lenihan, apresentou sem dúvidas nenhuma uns dos mais duros Orçamentos da União nesse país. Aumentos substanciais nas taxas, cortes em benefícios sociais e a inclusão de mais trabalhadores nas bandas de taxação, foram alguns dos destaques do Budget 2011 na Irlanda.
As pessoas que estiverem na faixa salarial de baixa ou média renda, serão as mais afetadas por esse Orçamento.
 
A meta é que a Irlanda poderá arrecadar seis bilhões de euros a mais no ano que vem, dos quais €1.5 bilhões em taxas e €4.5 bilhões em cortes de gastos públicos.
 
Um dos pontos altos desse Orçamento é o fato que o salário do Taiseach, Brian Cowen será reduzido em €14,000, deixando-o com apenas €220,000 anuais, o que é bom salientar, é um dos mais altos salários de políticos do mundo! Mais alto do que o primeiro minístro da Inglaterra, do presidente da França e por aí vai....
Se não bastasse isso em termos percentuais os indivíduos de baixa renda serão afetados em dobro em relação ao nosso Primeiro Ministro!
 
 
Veja quais são os pontos principais sobre o Orçamento da União na Irlanda para 2011
  • Redução do salário mínimo de €8.65 para €7.65 por hora (as pessoas em contratos atuais, não serão afetados)
  • Não há mudança à respeito da "Corporation Tax", esta continuará fixa em 12.5%
  • "Income Levy" e "Health Levy" serão unificados em um "Taxa Social Universal"
  • Remoção do teto de contribuiçao do PRSI
  • Redução das bandas de taxa sobre receita em 10%
  • D.I.R.T. aumentará em 2%
  • Aumento do preço da gasolina €0.04 e o diesel em €0.02 por litro
  • "Stamp Duty" em propriedades será de 1% para transações residenciais de até €1 milhão e 2% acima de €1 milhão.
  • Todas as outras isenções de "Stamp Duty" foram abolidas
  • Em média os benefícios de Assistência Social (Social Welfare) serão reduzidos em 4%
  • Salário do Taioseach (Primeiro Ministro) reduzido em €14,000 - sobrando um valor bruto de aproximadamente €220,000 (um dos salários mais alto do mundo para políticos)
  • Salários dos Ministros reduzidos em €10,000
  • Taxa de turista (Air Travel tax) reduzida de €10 para €3
  • O esquema de "scrappage" para automóveis foi extendido até Jun/11 mas o valor máximo reduzido para €1,250
  • Taxa para Apostas Online (Online Betting) introduzida - 1%
  • Cortes nos benefícios de criança em €10 para primeiro e segundo filho, €20 para o segundo filho e €10 para cada filho subsequente. (4 filhos = €50 a menos!)
  • Não houve cortes nas aposentadorias (congelado até 2011)
  • Salário para funcionários do setor público terão um teto de €250,000
  • Taxas para estudantes universitários para aumentar em €500 para €2,000
  • Bolsas de estudos terão corte de 4%
  • Introdução de taxa para emissão de passaportes para pessoas acima de 65 anos
 Para saber o impacto, que terá no seu bolso, utiize essa calculadora: http://www.kpmg.ie/budget2011/calculator/index.htm
Comente sobre o que você achou do Orçamento da União para 2011!

Aumento do Sálario Mínimo Brasileiro

Sálario Mínimo Brasileiro

Diante da pressão do PMDB, o governo já dá sinais de que tem margem para elevar o salário mínimo acima dos R$ 540 propostos no Orçamento. Na área econômica já se fala em R$ 550, principalmente depois que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi repreendido pela presidente Dilma Rousseff por ameaçar vetar qualquer aumento do piso salarial.
O sinal de que os R$ 540 poderiam subir partiu do próprio governo, que anunciou anteontem o reajuste das aposentadorias em 6,41%. É um reajuste maior do que o proposto para o mínimo, que é de 5,88%. Ocorre que os dois preços são corrigidos pelo mesmo indicador: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) estimado para 2010.
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), também sinalizou nesta quinta que está disposto a discutir a alteração na proposta do governo para o mínimo caso continue na presidência da Casa, em eleição que ocorrerá no dia 1º de fevereiro.
"O governo mandou a proposta do mínimo para o parlamento, só que o governo precisa também entender que ali é também um espaço de diálogo", argumentou. E continuou: "O que nós esperamos é que tanto o governo quanto os parlamentares estejam dispostos a essa discussão. Se teremos ou não alteração, vai depender do debate, das discussões e dos convencimentos. O que posso garantir é que na presidência da Câmara será feito o debate."
Nesta semana, o PMDB decidiu reagir ao anúncio de Mantega, de vetar o aumento do mínimo. O partido já havia anunciado que o deputado Eduardo Cunha, da bancada do PMDB do Rio, iria apresentar uma emenda passando o valor para R$ 560. Além da emenda aumentando o valor, o mesmo Eduardo Cunha apresentará, em resposta às declarações de Mantega, uma proposta de emenda constitucional (PEC) alterando as regras para derrubar vetos do presidente.
Atualmente, pelo artigo 66 da Constituição, se o Congresso quiser derrubar um veto presidencial, os parlamentares têm de fazê-lo por maioria absoluta das duas Casas reunidas em sessão conjunta, no prazo de 30 dias a contar do recebimento da mensagem do Planalto. O valor de R$ 540 para o mínimo foi fixado em Medida Provisória pelo governo Lula (com consentimento da então presidente eleita).
Segundo Mantega, o valor de R$ 540 está em um patamar que preserva o equilíbrio das contas públicas e a coerência da política fiscal. Um aumento acima disso, segundo o ministro, elevaria os gastos com a Previdência e deterioraria as contas públicas.
Aumento Do Sálario Mínimo em 10 anos

Redução do Salário Mínimo na Irlanda

Irlanda corta salário mínimo em €1,00 por hora. Um empregado que trabalhava em média 40 horas semanais e ganhava € 1,384 passará a ganhar agora € 1,224 por mês.
Vale a pena ressaltar que essa redução de salário só afetará "Novos Contratos", com isso se o seu empregador espertalhão quiser reduzir o seu salário atual. Denuncie-o, pois ele estará indo contra a lei estabelecida.

Veja o anúncio do Ministério do Trabalho traduzido (Original em Anexo):



Salário Mínimo Nacional
De acordo com a seção 11(1) do Ato sobre o Salário Mínimo Nacional (Nº 5 of 2000) e inserido na seção 13 do Ato de Medidas Financeiras Emergenciais para o Interesse Público 2010 (Nº 38 de 2010), o Ministério do Trabalho declarou que a o valor do salário mínimo nacional por horas será € 7.65. Vários sub-mínimos também serão aplicandos em certas circunstâncias, detalhes na tabela abaixo.
Essas mudanças entrarão em vigor apartir do dia 01 Fevereiro 2011.
€ 7.65 é o valor legal mínimo por horas para trabalhadores adultos experientes que entraram em vigor apartir do dia 01 Fevereiro 2011.
Contudo, trabalhadores já empregados, que estavam recebendo de acordo com o Salário Mínimo Nacional anterior, os empregadores terão que cumprir com as obrigações contratuais. Para maiores informações sobre os direitos dos trabalhadores dentro desse assunto, visite o website da Agência Nacional de Direitos dos Trabalhadores (NERA) http://www.employmentrights.ie/


EmpregadoValor Mínimo por Hora de Trabalho
Trabalhador experiênte Adulto€ 7.65 / por hora trabalhada
Abaixo de 18 anos€ 5.36 / por hora trabalhada
* No primeiro ano após a data do primeiro emprego com idade acima de 18 anos. Não importa se o empregado tenha mudado de emprego durante o ano.€ 6.12 / por hora trabalhada
* No segundo ano após a data do primeiro emprego com idade acima de 18 anos. Não importa se o empregado tenha mudado de emprego durante o ano.€ 6.89 / por hora trabalhada
Trainees (Estagiários) com idade acima de 18 anos e que estejam estudando cursos ou treinamentos prescritos pelo Ministério (sob instrumento legal 99/2000).E que os estudos sejam dentro do horário de trabalhado normal1º 1/3 período - € 5.74 /por hora trabalhada
2º 1/3 período - €6.12 / por hora trabalhada
3º 1/3 período - €6.89 / por hora trabalhada
Cada 1/3 período deve ter no mínimo um mês e não mais do que 12 meses. 

* Apenas experiência de trabalho adquirida após completar 18 anos são consideradas para esse valor.
Para maiores informações sobre os direitos dos trabalhadores dentro desse assunto, visite o website da Agência Nacional de Direitos dos Trabalhadores (NERA) http://www.employmentrights.ie/
Alternativamente, você pode contactar NERA diretamente Lo Call 1890 80 80 90 ou (059) 917 8990.


Próximas eleições

Premiê ainda luta para ganhar tempo, aprovar novo orçamento e
recuperar financeiramente o país e sua imagem para as próximas eleições


Após a renúncia de seis de seus ministros, o premiê irlandês, Brian Cowen, informou à Câmara Baixa, nesta quinta-feira, que pretende dissolver o Parlamento e convocar eleições gerais no dia 11 de março. A bomba política é resultado de disputas internas no partido do primeiro-ministro, Fianna Fáil (FF), e com aliados do Partido Verde. A situação vem se agravando desde que Cowen aceitou o socorro financeiro da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), em novembro do ano passado, para reduzir o grande impacto da crise econômica mundial no país.
O lançamento de uma série de medidas impopulares para diminuir os gastos públicos, como a redução do salário mínimo e a supressão de 24.750 empregos públicos, desgastaram as imagens do governo e do premiê. Cowen complicou, ainda, suas relações com os próprios aliados políticos, principalmente do Partido Verde, quando tentou retardar as eleições contra a vontade dos parceiros de coalizão. Sua esperança era dar tempo ao país para superar a crise financeira e recuperar um pouco de seu prestígio a tempo das eleições.
A reação em cadeia, que culminou com a convocação de eleições, começou nesta terça quando, depois de tentativas frustradas de desbancar Cowen da liderança do partido governante, o ex-titular das Relações Exteriores, Michéal Martin, apresentou sua renúncia. Na quinta, Martin foi seguido por mais cinco ministros: Dermot Ahern, da Justiça; Noel Dempsey, de Transportes; Tony Killeen, da Defesa; Batt O'Keefe, de Empresa e Comércio e Mary Harney, da Saúde e Infância, a única que não pertence ao FF.
O orçamento - Segundo a imprensa irlandesa, o agendamento das eleições não contrariou os planos de Cowen, que ainda tem tempo suficiente para aprovar o orçamento que tanto queria. Para segurar o pleito até março, evitando ter que submeter a nova equipe à aprovação do Parlamento, o premiê simplesmente remanejou as pastas, fazendo com que os ministros que já estão no poder hoje acumulassem os cargos dos demissionários.
Em declaração no Parlamento, Cowen defendeu que os congressistas devem finalizar o processo de aprovação do orçamento geral para 2011 conforme exigências da UE e do FMI para que a Irlanda possa usar o pacote de socorro de 65 bilhões de euros.
Esse processo, que será concluído com a introdução da nova Lei de Finanças, pode encerrar-se em fevereiro, o que permitirá, como deseja Cowen, realizar as eleições em 11 de março. "Acho que é importante que nas próximas semanas o Governo dê um efeito legal ao orçamento por meio da Lei de Finanças e outras leis relacionadas que beneficiarão o povo. Não há agora nada mais importante que esse trabalho", disse o primeiro-ministro

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

*A Crise.*

*"Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é
a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise
traz progressos.
A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na
crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias.
Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado".*
*
Quem atribue à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento
e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise, é a
crise da incompetência.
O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as
saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é
uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se
aflora o melhor de cada um.
Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo.
Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise
ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la"*
**
*Albert Einstein

domingo, 23 de janeiro de 2011

Oscar Wilde

Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde (Dublin, 16 de outubro de 1854Paris, 30 de novembro de 1900) foi um escritor irlandês.

Biografia
Criado numa família protestante, estudou na Portora Royal School de Enniskillen e no Trinity College de Dublin, onde sobressaiu como latinista e helenista. Ganhou depois uma bolsa de estudos para o Magdalen College de Oxford .[2].
Wilde saiu de Oxford em 1878. Um pouco antes havia ganhado o prêmio "Newdigate" com o poema "Ravenna" .[2]
Passou a morar em Londres e começou a ter uma vida social bastante agitada, sendo logo caracterizado pelas atitudes extravagantes.[1]
Foi convidado para ir aos Estados Unidos a fim de dar uma série de palestras sobre o movimento estético por ele fundado, o esteticismo, ou dandismo, que defendia, a partir de fundamentos históricos, o belo como antídoto para os horrores da sociedade industrial, sendo ele mesmo um dandi.[3]
Em 1883, vai para Paris e entra para o mundo literário local, o que o leva a abandonar seu movimento estético. Volta para a Inglaterra e casa-se com Constance Lloyd, filha de um rico advogado de Dublin, indo morar em Chelsea, um bairro de artistas londrinos. Com Constance teve dois filhos, Cyril, em 1885 e Vyvyan, em 1886. O melhor período intelectual de Oscar Wilde é o que vai de 1887 a 1895. [4].

 O sucesso

Em 1892, começa uma série de bem sucedidas comédias, hoje clássicos da dramaturgia britânica: O leque de Lady Windermere (1892), Uma mulher sem importância (1893), Um marido ideal e A importância de ser fervoroso (ambas de 1895). Nesta última, o ar cômico começa pelo título ambíguo: Earnest, "fervoroso" em inglês, tem o mesmo som de Ernest, nome próprio [3]
Publica contos como O Príncipe Feliz e O Rouxinol e a Rosa, que escrevera para os seus filhos, e O crime de Lord Artur Saville[1].
O seu único romance foi O retrato de Dorian Gray[1].
A situação financeira de Wilde começou a melhorar cada vez mais, e, com ela, conquista uma fama cada vez maior. O sucesso literário foi acompanhado de uma vida cada vez mais mundana. As atitudes tornaram-se cada vez mais excêntricas[4].

 Os julgamentos e prisão

Wilde e seu suposto amante
Em Maio de 1895, após três julgamentos, foi condenado a dois anos de prisão, com trabalhos forçados, por "cometer atos imorais com diversos rapazes".[5] Wilde escreveu uma denúncia contra um jovem chamado Bosie, publicada no livro De Profundis, acusando-o de tê-lo arruinado. Bosie era o apelido de Lorde Alfred Douglas, um dos homens de que se suspeitava que Wilde fosse amante. Foi o pai de Bosie, o Marquês de Queensberry, que levou Oscar Wilde ao tribunal. No terrível período da prisão, Wilde redigiu uma longa carta a Douglas. [3]
A imaginação como fruto do amor é uma das armas que Wilde utiliza para conseguir sobreviver nas condições terríveis da prisão. Apesar das críticas severas a Douglas, ele ainda alimenta o amor dentro de si como estratégia de sobrevivência. A imaginação, a beleza e a arte estão presentes na obra de Wilde[4].
Após a condenação a vida mudou radicalmente e o talentoso escritor viu, no cárcere, serem consumidas a saúde e a reputação. No presídio, o autor de Salomé (1893) produziu, entre outros escritos, De Profundis, o clássico anarquista, A alma do homem sob o socialismo e a célebre Balada do cárcere de Reading'[1]'.

Os últimos anos

Foi libertado em 19 de maio de 1897. Poucos amigos o esperavam na saída, entre eles o maior, Robert Ross.
Passou a morar em Paris e a usar o pseudônimo Sebastian Melmoth. As roupas tornaram-se mais simples, e o escritor morava em um lugar humilde, de apenas dois quartos. A produtividade literária é pequena[4].
O fato histórico de seu sucesso ter sido arruinado pelo Lord Alfred Douglas (Bosie) tornou-lhe ainda mais culto e filosófico, sempre defendendo o amor que não ousa dizer o nome, definição sobre a homossexualidade, como forma de mais perfeita afeição e amor[2].
Oscar Wilde morreu de um violento ataque de meningite (agravado pelo álcool e pela sífilis) às 9h50min do dia 30 de novembro de 1900 [1].
Em seu leito de morte Oscar Wilde foi aceito pela Igreja Católica Romana e Robert Ross, em sua carta para More Adey (datada de 14 de Dezembro de 1900), disse: Ele estava consciente de que havia pessoas presentes, e levantou sua mão quando pedi, mostrando entendimento. Ele apertou nossas mãos. Eu então fui enviado em busca de um padre, e depois de grande dificuldade encontrei o Padre Cuthbert Dunne, que foi comigo e administrou o Batismo e a Extrema Unção - Oscar não pode tomar a Eucaristia[3].
Wilde foi enterrado no Cemitério de Bagneux fora de Paris, porém mais tarde foi movido para o Cemitério de Père Lachaise em Paris. Sua tumba em Père Lachaise foi feita pelo escultor Sir Jacob Epstein, a requisição de Robert Ross, que também pediu um pequeno compartimento para seus próprios restos. Seus restos foram transferidos para a tumba em 1950[2].

 A obra

Em seu único romance, O Retrato de Dorian Gray, considerado por críticos como obra-prima da literatura inglesa, Oscar Wilde trata da arte, da vaidade e das manipulações humanas. [3].
Já em várias de suas novelas como, por exemplo, O Fantasma de Canterville, Wilde critica o patriotismo da sociedade.
Em seus contos infantis preocupou-se em deixar lições de moral através do uso de linguagem simples. O Filho da Estrela (ver em Ligações Externas), é exemplo disso[1].
No teatro, escreveu nove dramas, muitos ainda encenados até hoje[6].
Wilde destacou-se como poeta, principalmente na juventude. Rosa Mystica, Flores de Ouro são alguns trabalhos conhecidos nesse campo.[2].
Wilde foi um mestre em criar frases, marcadas por ironia, sarcasmo e cinismo.[4].

 Cronologia

Sai da Prisão e em 28 de maio, aparece no Daily Chronicle, a primeira carta sobre o regime penitenciário britânico, sob o título O Caso do Guarda Martin.

 Referências

  1. a b c d e f g Ellmann ,Richard. 'Oscar Wilde'. 2ª ed. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 1988. pp. 680.
  2. a b c d e Cardoso , Plinio Balmaceda. 'Oscar Wilde': estudo bio-bibliográfico. Rio de Janeiro: Editora Livraria do Globo, 1935. pp. 267.
  3. a b c d e Abrahão, Miguel M.. 'A Pele do Ogro'. São Paulo: Editora Shekinah, 1996. pp. 273.
  4. a b c d e Funke, Peter e Nóvoa, Maria. 'Oscar Wilde'. São Paulo: Editora Círculo de Leitores, 2003. pp. 201.
  5. 189505200003 Proceedings of the Central Criminal Court, 20th May 1895, page 3. The Proceedings of the OLD BAILEY.
  6. Wilde, Oscar - Teatro de Oscar Wilde – Tradução de Leite, Januário – 2ª Ed. s/d Editora Portugália Editora - 398 páginas
Filmes baseados em algumas obras de Oscar Wilde:
Filme baseado em sua vida:

Zona Euro


██ Países da Zona Euro
██ Países da UE que segundo o Tratado de Maastricht poderão aderir à Zona Euro
██ Países da UE com uma derrogação da participação na Zona Euro
██ Países/territórios fora da UE mas usando o euro


A Zona Euro ou oficialmente Área do Euro (também referenciada como Eurozona, Euro-Área ou ainda Eurolândia) refere-se a uma união monetária dentro da União Europeia, na qual alguns Estados-membros adoptaram oficialmente o euro como moeda comum. A área monetária é constituída por 16 membros dentro da União Europeia e mais 9 fora dela.
A entidade máxima que regula toda a política monetária (incluindo a gestão da taxa de juros Euribor) é o Banco Central Europeu, sediado em Frankfurt, na Alemanha.
A Zona Euro é a maior economia do mundo, segundo estimativas da CIA para 2009.

 Membros

Em 1998, onze Estados-membros da União Europeia estabeleceram um conjunto de critérios de convergência para a adopção do euro, tendo sida oficialmente criada a Zona Euro, a 1 de Janeiro de 1999 com a introdução da moeda. Naquela data, as papel moeda e peças metálicas começaram a ser fabricadas em 11 países (Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos e Portugal). A nova moeda passou a circular desde 1 de Janeiro de 2002.
A Grécia ingressou na Zona Euro a 1 de Janeiro de 2001; a Eslovénia, a 1 de Janeiro de 2007; Chipre e Malta, a 1 de Janeiro de 2008; a Eslováquia, a 1 de Janeiro de 2009 e a Estónia a 1 de Janeiro de 2011
Actualmente, dos 27 Estados-membros da União Europeia, 17 adoptam o euro como a moeda oficial. A população total da Zona Euro supera os 320 milhões de habitantes.

Cédulas de euro, moeda comum dos 16 países da União Monetária Europeia.
Estado↓Data de Adopção↓População↓Excepções
AlemanhaAlemanha1 de Janeiro de 199982 314 906
ÁustriaÁustria1 de Janeiro de 19998 316 487
BélgicaBélgica1 de Janeiro de 199910 666 866
ChipreChipre1 de Janeiro de 2008766 400República Turca do Chipre do Norte República Turca de Chipre do Norte
EslováquiaEslováquia1 de Janeiro de 20095 389 180
EslovéniaEslovénia1 de Janeiro de 20072 013 597
EspanhaEspanha1 de Janeiro de 199945 116 894
EstóniaEstónia1 de Janeiro de 20111 342 409
FinlândiaFinlândia1 de Janeiro de 19995 289 128
FrançaFrança1 de Janeiro de 199963 392 140 Nova Caledônia
Polinésia Francesa
 Wallis e Futuna
GréciaGrécia1 de Janeiro de 200111 125 179
República da IrlandaRepública da Irlanda1 de Janeiro de 19994 239 848
ItáliaItália1 de Janeiro de 199959 131 287Flag of Campione d'Italia.svg Campione d'Italia
LuxemburgoLuxemburgo1 de Janeiro de 1999476 200
MaltaMalta1 de Janeiro de 2008404 962
Países BaixosPaíses Baixos1 de Janeiro de 199916 372 715 Aruba
Bonaire Bonaire
Curaçao Curação
Saba Saba
Santo Eustáquio Santo Eustáquio
São Martinho São Martinho
PortugalPortugal1 de Janeiro de 199910 599 095
União EuropeiaZona Euro321 485 781

 Ampliação da Zona Euro

Onze países da UE não adoptaram o Euro como moeda oficial: Bulgária, Dinamarca, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia, Reino Unido, República Checa e Suécia.
A Dinamarca e o Reino Unido obtiveram casos excepcionais no tratado original de Maastricht. Ambos estão isentos de se juntar à Zona Euro a não ser que um voto parlamentar ou referendo decida o contrário. A Dinamarca planeia realizar um referendo popular após realizados trâmites legais relacionados com o Tratado de Lisboa.[11]
A Suécia obteve a excepção de facto devido a uma lacuna legal. O país não possui os critérios necessários para a adopção da moeda única. O povo sueco rejeitou o euro através de referendo.
Antes que um Estado possa se juntar à Zona Euro deve passar dois anos no ERM II (European Exchange Rate Mechanism; em português, Mecanismo Europeu de Taxas de Câmbio). A 1 de Janeiro de 2008 cinco bancos nacionais participaram no mecanismo. Os restantes deveriam juntar-se nos anos seguintes.
Os próximos países a aderirem à zona monetária são:
PaísAno de Adesão
 Bulgária2012
 Polónia2012
 Letônia2013
 Lituânia2013
Roménia Roménia2014
 Hungria2014
 República Checa2015

 Países Fora da União Europeia

 Com Acordo Formal

Alguns países fora da União Europeia aderiram ao Euro. Para uma adopção formal, que implica a possibilidade de fabricar as suas próprias moedas, foi necessário atingir um acordo. O Mónaco, São Marino e o Vaticano chegaram a acordo com a União. Antes da adesão, o Mónaco tinha como moeda o franco monegasco e em São Marino e no Vaticano, a moeda oficial era a Lira italiana.[13]
Os acordos foram também concluídos com os territórios ultramarinos da França: Saint-Pierre-et-Miquelon, na costa do Canadá, e Mayotte, no Oceano Índico. Estes territórios foram autorizados a utilizar o euro mas não ao cunho nacional.
Estado/TerritórioAdopçãoAcordoPopulação
FrançaMayotte1 de Janeiro de 199931 de Dezembro de 1998186,452
MónacoMónaco1 de Janeiro de 199931 de Dezembro de 199832,671
San MarinoSão Marino1 de Janeiro de 199931 de Dezembro de 199829,615
FrançaSaint Pierre et Miquelon1 de Janeiro de 199931 de Dezembro de 19986,125
Cidade do VaticanoCidade do Vaticano1 de Janeiro de 199931 de Dezembro de 1998800

 Sem Acordo Formal

Andorra não tem uma moeda oficial nem moedas europeias, tendo adoptado antes o Franco francês e a peseta espanhola como moedas de facto oficiais e nunca teve acordos formais com a Espanha ou com a França. Porém, Andorra está em negociações com a UE para uma futura adopção da moeda única por parte do principado sem, no entanto, aderir à União Europeia.
Montenegro e o Kosovo usam o euro desde o seu lançamento, tendo anteriormente adoptado o marco alemão ao invés do dinar sérvio. O euro tem ajudado na estabilização das economias daqueles países.
Outros países estão interessados em aderir ao euro mas sem serem membros efectivos da UE, tal como a Islândia, onde, segundo uma sondagem, 53% dos inquiridos apoiam a adopção do euro como moeda oficial.[15]
Estado/TerritórioAdopçãoInteressePopulação
Reino UnidoBases Britânicas Soberanas1 de Janeiro de 2008n/d14,500
AndorraAndorra1 de Janeiro de 1999Acordo com a UE82,000
KosovoKosovo1 de Janeiro de 2001Membro da UE2,100,000
MontenegroMontenegro1 de Janeiro de 2002Membro da UE684,736
FrançaSão Bartolomeu1 de Janeiro de 1999n/d8,450
FrançaSão Martinho1 de Janeiro de 1999n/d33,102

 Moedas externas à UE indexadas ao euro

  • Cabo Verde tinha a moeda indexada ao escudo português, tendo transferido a indexação para o euro.
  • A Bósnia e Herzegovina alterou a indexação da sua moeda do marco alemão para o euro.
  • As moedas usadas em algumas nas antigas colónias francesas estavam indexadas ao franco francês e agora ao euro.

 Números e Factos

CategoriaPopulaçãoPaíses e Territórios
Países-membro da Zona Euro329 milhões Áustria,  Bélgica,  Chipre,  Finlândia,  França,  Alemanha,  Grécia,  Irlanda,  Itália,  Luxemburgo,  Malta,  Países Baixos,  Portugal,  Eslováquia, Eslovénia Eslovénia,  Espanha,  Estônia.
Países e territórios fora da UE, sem moeda oficial, utilizando o Euro3 milhõesReino Unido Bases Britânicas Soberanas,  Andorra, Kosovo,  Montenegro, Mónaco Mónaco,  San Marino e Vaticano
Países fora da UE e fora da Europa207 milFrança Ilha de Clipperton, França Terras Austrais e Antárcticas Francesas, França Maiote, França São Bartolomeu, França São Martinho e França Saint-Pierre e Miquelon.
Países da UE com moedas indexadas ao euro20 milhões Bulgária,  Dinamarca, Letónia Letónia e  Lituânia
Países fora da UE com moeda indexada ao euro5 milhões Bósnia e Herzegovina Cabo Verde

 Taxa de inflação

  • 1999: 1,0%
  • 2000: 2,0%
  • 2001: 2,8%
  • 2002: 1,9%
  • 2003: 1,9%
  • 2004: 2,5% (Maio)
  • 2005: 1,9% (Maio)

 Política fiscal

Os membros da Zona Euro têm de respeitar o Pacto de Estabilidade e Crescimento e manter o seu défice público abaixo de 3% do produto interno bruto (PIB). Se não o fizerem ficarão sujeitos ao pagamento de multas. O pacto de estabilidade e crescimento também proíbe uma dívida pública superior a 60% do PIB.

Pesquisas retiradas dos seguintes sites:]

http://pt.wikipedia.org/wiki/Zona_Euro
http://www.portais.ws/?page=art_det&ida=391
http://europa.eu/legislation_summaries/economic_and_monetary_affairs/introducing_euro_practical_aspects/l25063_pt.htm