Premiê ainda luta para ganhar tempo, aprovar novo orçamento e
recuperar financeiramente o país e sua imagem para as próximas eleições
recuperar financeiramente o país e sua imagem para as próximas eleições
O lançamento de uma série de medidas impopulares para diminuir os gastos públicos, como a redução do salário mínimo e a supressão de 24.750 empregos públicos, desgastaram as imagens do governo e do premiê. Cowen complicou, ainda, suas relações com os próprios aliados políticos, principalmente do Partido Verde, quando tentou retardar as eleições contra a vontade dos parceiros de coalizão. Sua esperança era dar tempo ao país para superar a crise financeira e recuperar um pouco de seu prestígio a tempo das eleições.
A reação em cadeia, que culminou com a convocação de eleições, começou nesta terça quando, depois de tentativas frustradas de desbancar Cowen da liderança do partido governante, o ex-titular das Relações Exteriores, Michéal Martin, apresentou sua renúncia. Na quinta, Martin foi seguido por mais cinco ministros: Dermot Ahern, da Justiça; Noel Dempsey, de Transportes; Tony Killeen, da Defesa; Batt O'Keefe, de Empresa e Comércio e Mary Harney, da Saúde e Infância, a única que não pertence ao FF.
O orçamento - Segundo a imprensa irlandesa, o agendamento das eleições não contrariou os planos de Cowen, que ainda tem tempo suficiente para aprovar o orçamento que tanto queria. Para segurar o pleito até março, evitando ter que submeter a nova equipe à aprovação do Parlamento, o premiê simplesmente remanejou as pastas, fazendo com que os ministros que já estão no poder hoje acumulassem os cargos dos demissionários.
Em declaração no Parlamento, Cowen defendeu que os congressistas devem finalizar o processo de aprovação do orçamento geral para 2011 conforme exigências da UE e do FMI para que a Irlanda possa usar o pacote de socorro de 65 bilhões de euros.
Esse processo, que será concluído com a introdução da nova Lei de Finanças, pode encerrar-se em fevereiro, o que permitirá, como deseja Cowen, realizar as eleições em 11 de março. "Acho que é importante que nas próximas semanas o Governo dê um efeito legal ao orçamento por meio da Lei de Finanças e outras leis relacionadas que beneficiarão o povo. Não há agora nada mais importante que esse trabalho", disse o primeiro-ministro
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